Com licenciatura e mestrado em administração clássica, Bárbara Leão trabalhou em uma grande marca de sorvetes e, sem perceber, se tornou empreendedora social. Ela é cofundadora da Biovilla, uma comunidade que nasceu há 10 anos, da vontade de cinco jovens recém-formados de levar para Portugal práticas sustentáveis que ainda não haviam no país.
Bárbara Leão estava de passagem por Inkiri Piracanga e conversou com a gente sobre a sua história e a dedicação que levou a Biovilla a se tornar um dos principais projetos de empreendedorismo social de Portugal.
Localizada no Parque Natural da Arrábida, em uma área de 55 hectares de importante biodiversidade, a Biovilla é um grande laboratório de boas práticas que trabalha para despertar a consciência da importância da sustentabilidade para o planeta Terra. Que alavancou 1 milhão de Euros na pior crise do país e, em 10 anos, proporcionou uma grande mudança de percepção.
“Foi uma surpresa muito grande descobrir no que a Biovilla se tornou. Ninguém nos apoiava. Não havia mentores. Quando falávamos do projeto, achavam que éramos loucos. Que não fazia sentido e que eu devia voltar para as multinacionais por estar a colocar a minha carreira em um projeto sem fins lucrativos. E, no fundo, eu sentia: ‘quero contribuir para algo que eu acredito'”, conta Bárbara.
Ela colocou a sua energia naquilo que quer ver no mundo e, assim, ajudou a Biovilla a se tornar um polo de esperança para Portugal. Dando o exemplo de um caminho diferente. “Mostramos que é possível trazer investimentos, caminhar com segurança, estarmos felizes em trabalhar com o projeto e, no fundo, termos mais significado para a nossa vida”, conta.