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Contribuições das Ecovilas e Comunidades para tempos de transição

Como as comunidades e Ecovilas podem contribuir para atravessarmos essa crise e criar um mundo melhor?

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E de repente o mundo parou. Um vírus, um elemento de tamanho tão pequeno, que nem ser vivo é considerado, mas cuja expansão pelo Planeta acarretou em uma onda de medo, mortes e uma quarentena Global. Um evento jamais experienciado na história da humanidade.

Seria esse o momento propício para revermos nosso caminho como espécie e reconsiderarmos a forma como temos habitado e ocupado o planeta?

Tempos de transição

De fato, uma oportunidade se apresenta. Para muitas pessoas há mais tempo. Tempo para parar, tempo para estudar, para conhecer (através da internet) o que fazem e falam outras pessoas. Tempo para avaliar as escolhas da vida e o que realmente importa para cada pessoa.

O que importa? Quais novos caminhos são possíveis?

Com precisão, estas perguntas só podem ser respondidas por cada coração pulsante, de acordo com seus sonhos e anseios mais profundos. Em um nível mais abrangente e generalista, pode-se arriscar dizer que deseja-se viver com segurança, água, ar e alimentos de qualidade, com relações pacíficas, amorosas e acesso a múltiplas formas de lazer.

E como criar esta realidade em um mundo Globalizado cujo desenvolvimento é pautado num crescimento econômico obrigatório, que caminha para a destruição e poluição? Essa lógica impede que todas as pessoas possam atender essas necessidades humanas básicas. Sem dúvida, essa estrutura precisa ser transformada.

Há muitas formas de questionar as estruturas nas quais crescemos e estamos inseridas, com distintas atenções e perspectivas de mudança. Aqui quero trazer a perspectiva de diversos grupos de pessoas, que ao se reunirem para questionar a nossa forma de existir e conviver no Planeta, decidiram criar formas alternativas de viver na Terra. Há décadas, essas pessoas estão construindo culturas humanas conscientes e abandonando hábitos e hábitats, para ancorarem valores comuns que norteiam um novo estilo de vida. Sabe do que estou falando?

Ecovilas e Comunidades Intencionais 

Estou falando das Ecovilas e comunidades intencionais. Assentamentos humanos, formados a partir de sonhos comuns. Muitos são criados com a intenção de alinhar a existência com os cuidados com os elementos sagrados, isto é, com o uso dos recursos naturais e com o ritmo da Terra.

Cada Ecovila ou comunidade intencional tem sua particularidade e pesquisa própria, seja nos âmbito social, econômico, ambiental, espiritual ou cultural. Esses assentamentos humanos trazem modelos e tecnologias que podem inspirar novos caminhos para a humanidade.

De forma geral, as ecovilas estão baseadas na perspectiva da sustentabilidade. Reconhecendo o desgaste e mau uso do termo, hoje falamos mais sobre a criação de culturas e ações regenerativas. Em outras palavras, as ecovilas buscam redesenhar a existência para atender as necessidades nossas necessidades e assim desenvolver seres humanos mais saudáveis e satisfeitos.

Não há romantismo e uma ilusão na perfeição desse caminho. Viver e criar projetos de vida com grupos de pessoas, acreditando que é possível mudar o mundo, é uma escolha radical que requer muita paciência, entre outras habilidades sociais. Para atravessar os desafios, muitas vezes precisamos abandonar o desejo individual para priorizar o bem coletivo. No fundo, é uma prática diária de mudança de paradigma.

Encontro de Ecovilas e Comunidades Intencionais

Essa transformação faz parte do cotidiano em Inkiri Piracanga, de outras comunidades  no mundo, assim como também pode estar presente na sua vida! Pensando nisso, criamos uma série de encontros com comunidades de referência, para que cada uma possa compartilhar sua experiência única com o mundo e entre si. 

Os Encontros serão abertos a todas as pessoas que querem conhecer um pouco mais sobre essas iniciativas e se inspirar nessas distintas possibilidades de construção coletiva. Clique AQUI para participar!

Convidamos você a se juntar a nós e divulgar para quem possa se interessar! 

Nos vemos lá!

Texto de Marcia Peixoto

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