No último domingo, 17 de julho, a Comunidade Inkiri, moradores de Piracanga e visitantes comemoraram mais um dia Mundial das Danças Circulares. Neste dia, rodas foram formadas em todos os continentes com o intuito de celebrar e ampliar a consciência dos grupos que dançam pelos quatro cantos do mundo em prol da harmonia global, união e paz.
Este ano, a data coincidiu com o Festival de Danças Circulares Sagradas que ocorre sempre em Findhorn, uma ecovila e comunidade modelo na Escócia, considerada um dos grandes pólos das danças circulares nos dias de hoje.
Para a Comunidade Inkiri e os que vivem na ecovila, as danças circulares são muito importantes. Toda semana, pelo menos um dia à noite, todos se reúnem em alguma das ocas do Centro Inkiri para dançar. Neste mês em especial, todos os dias pela manhã temos formado uma grande roda no jardim em frente ao rio Piracanga para celebrar e agradecer por mais um dia através da dança. Acreditamos que as danças circulares nos trazem alegria e muita cura.
Um pouquinho de história
As danças circulares são uma expressão artística e espiritual muito presente na história da humanidade. Sabemos que foi Bernhard Wosien, um bailarino clássico e coreógrafo, que, por volta dos anos 1950-60, percorreu o mundo recolhendo e resgatando as danças sagradas de diferentes povos. Em 1976, visitou a Comunidade de Findhorn e ensinou pela primeira vez uma coletânea de danças folclóricas. A partir daí, ele sentiu que, dançando em roda, podemos vivenciar a alegria, a amizade e o amor, tanto para consigo mesmo como para com os outros, e que as danças circulares possibilitam uma comunhão sem palavras e mais amorosa entres as pessoas.
No Brasil, a força das danças circulares sagradas renasceu por meio do trabalho de Carlos Solano, que se passou um tempo em Findhorn e trouxe para cá este trabalho com as danças na década de 1980. A partir daí, o movimento começou a se expandir cada vez mais.